Partimos do pressuposto que os nadadores que integrarão este escalão terão já o mínimo de 4 anos de prática de natação nos escalões inferiores do clube, estando integrados na estrutura e forma de trabalho do clube, bem como nas características específicas do processo de treino, as quais aumentarão o seu nível de exigência de forma gradual. Trata-se, no entanto, de mais uma etapa formativa, com vista à obtenção de resultados de excelência nos escalões mais avançados.
Critérios de admissão
Preferencialmente, nadadores provenientes do escalão de cadetes. Nadadores que cumpriram os critérios de assiduidade e pontualidade durante a sua passagem pelo escalão de cadetes, demonstrando gosto pela modalidade e disponibilidade para treinar regularmente (objetivamente tenham cumprido o mínimo de 90% de presenças). Manifestar uma integração no grupo de trabalho e na filosofia de trabalho do clube. Nadadores que apresentem níveis técnicos que lhes permitam integrarem o grupo de trabalho, enquadrando-se no nível médio do mesmo e cumprindo as exigências inerentes ao treino deste escalão.
Objectivos
• Consolidação de todos os hábitos de treino introduzidos anteriormente.
• Criação do gosto pelo treino e pela competição, promovendo a competitividade sem o acréscimo de ansiedade inerente ao processo. Valorizar a componente técnica em sobreposição ao resultado quantitativo.
• Promover o conhecimento dos pressupostos da formação desportiva a longo prazo.
• Continuação do desenvolvimento das capacidades motoras de base, numa perspectiva de progressão, utilizando para tal exercícios gerais e específicos.
• Criação de hábitos de treino em seco, através da promoção de circuitos de trabalho para desenvolvimento das capacidades motoras de base mencionadas anteriormente.
• Promover a percepção da dinâmica das cargas de treino e respectivos intervalos (começar a utilizar a linguagem própria de séries em A1, A2, Potencia,…).
• Assegurar uma percentagem elevada de participação nos campeonatos nacionais da categoria.
• Promover o espírito de equipa, quer em treino quer em competição.
• Consolidar o cumprimento de regras de comportamento social, manuseamento e manutenção de material.
Caracterização geral do treino
O processo de treino dos infantis obedece à tendência natural de aumento progressivo do volume e intensidade do trabalho. Inicia-se o treino na zona láctica, embora com percentagens bastante reduzidas e apenas nos infantis A. O treino deverá incidir maioritariamente na zona aeróbia, com grande relevância no trabalho técnico, havendo um ligeiro aumento do treino na zona aeróbia mais intensa (A2 e Potência A.). Será indispensável que os nadadores destas idades nadem 800/1500m e 400 estilos em prova, pelo menos uma vez durante a época. Uma ressalva importante para o treino neste escalão será o realçar a importância do trabalho técnico, devendo os técnicos prescindir de algum trabalho com maior volume caso verifiquem que os nadadores apresentam lacunas graves em determinados requisitos técnicos, com vista à superação dos mesmos. Testes de controlo Os nadadores deverão realizar um teste de 1500, em que o objetivo consiste em percorrer a distância no menor tempo possível, tentando manter um ritmo de nado próximo em cada parcial de 100m. Devem registar-se as frequências de ciclo e a frequência cardíaca. Deverá haver 3 momentos distintos de avaliação, sendo os mesmos previstos durante a elaboração do planeamento anual.